Flávia Reis, estava como coordenadora do escritório de Boa Vista, onde atuava há quase cinco anos
Advogada, especialista em Direito Público, iniciou a carreira na área humanitária como assessora jurídica, cargo que ocupou no SJMR Boa Vista, antes de ser analista de projetos e coordenadora.
Flávia foi nomeada pela Companhia de Jesus como nova diretora nacional Serviço Jesuíta a Migrantes e Refugiados (SJMR Brasil), com posse prevista para o dia 02/01/2024. A nomeação foi oficializada na sexta-feira (15), por meio de carta enviada pelo Provincial dos Jesuítas no Brasil, Pe. Mieczyslaw Smyda, SJ.
O atual diretor do Serviço no Brasil, Padre Agnaldo Junior, seguirá para uma nova missão na Companhia de Jesus. Agora em Lima, no Peru, onde assume a função de Delegado para o Apostolado Socioambiental da Conferência de Provinciais Jesuítas da América Latina e Caribe, a pedido do Presidente da CPAL, Padre Rafael Garrido. Desde 2017, o SJMR esteve sob a direção do P. Agnaldo a quem somos extremamente gratos, pelo trabalho sério e atencioso ao público vulnerável que demanda nosso serviço e cuidado. “Caminhar esses quase 7 anos na direção do SJMR Brasil junto com os migrantes, refugiados, companheiros de trabalho e parceiros foi um aprendizado que levarei para toda minha vida. Sigo para uma nova missão com o coração em paz e confiante que com Flávia Reis a direção desse nosso serviço aos migrantes e refugiados estará em boas mãos. Desejo a Flávia muitas felicidades e êxito nos próximos anos à frente do SJMR, assim como sigo a disposição a colaborar no que for possível”, declarou.
Flávia já compõe o Conselho Nacional do SJMR e será a primeira mulher/leiga a assumir o cargo de diretora nacional do Serviço Jesuíta no Brasil, que até então só foi dirigido por membros da Companhia. Sua nomeação é fruto de um minucioso processo de discernimento do Provincial dos Jesuítas junto à Consulta da Província, em virtude da sua experiência e aprendizado acumulado, o tempo de serviço no SJMR, suas capacidades, seu perfil de articuladora à gestora.
“Desde a minha infância, o Direito foi um sonho que me impulsionou a entender melhor a importância da justiça e da defesa de direitos. Atuar na área humanitária tem sido uma jornada repleta de descobertas profissionais e pessoais. Trabalhar para que pessoas em situação de vulnerabilidade social possam recuperar sua dignidade e encontrar um lar seguro em um novo país não é apenas um trabalho, mas uma escolha de vida que faço com todo o meu coração”, afirmou.
Flávia costuma dizer que “quem não se identifica, não fica” e acredita que os colegas compreendem profundamente o significado dessa frase. Para ela, trabalhar ao lado de indivíduos comprometidos e apaixonados é o que torna essa missão possível e tão gratificante. “Estou verdadeiramente honrada e feliz por esta oportunidade. Contem comigo para continuar trabalhando incansavelmente em prol da justiça e dos direitos humanos, na escuta atenta dos considerados invisíveis e na busca por soluções voltadas a uma maior e melhor inclusão de pessoas migrantes e refugiadas em sociedade”, completou.