Um novo olhar sobre a realidade da migração

Os movimentos migratórios são inerentes à condição humana e migrar é um direito humano universal. Algumas pessoas migram por escolha, outras são forçadas a esse deslocamento. Diante dessa realidade, diversas organizações da sociedade civil, dentre elas, a Igreja, têm viabilizado iniciativas efetivas para o atendimento de migrantes no Brasil.

Organizado em 50 países e especializado em migração, deslocamento forçado e refúgio, o Serviço Jesuíta a Migrantes e Refugiados (SJMR) tem beneficiado milhares de pessoas com a prestação de serviços gratuitos, intervenções emergenciais, proteção, projetos de educação, integração, apoio psicossocial e pastoral. A instituição atua em favor de um maior acolhimento e hospitalidade da sociedade brasileira aos migrantes e refugiados, promovendo e protegendo sua dignidade e direitos e acompanhando seu processo de inclusão e autonomia.

Os jesuítas atuam com as pessoas migrantes e refugiadas desde 1980, quando o então Superior Geral da Companhia de Jesus, Padre Pedro Arrupe, criou o Serviço Jesuíta aos Refugiados (Jesuit Refugee Service – JRS). Leia a carta fundadora. Atualmente, esse serviço está presente em mais de 50 países, sendo denominado de JRS (Serviço Jesuíta aos Refugiados) ou SJM (Serviço Jesuíta aos Migrantes).

 No Brasil, os jesuítas iniciaram suas atividades em relação à mobilidade humana em 2003, mediante parceria firmada entre a Associação Antônio Vieira (ASAV) e o Alto Comissariados das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) com a implementação do “Programa Brasileiro de Reassentamento Solidário de Refugiados”.

Quase dez anos depois, em 2012, com a mobilização de uma equipe em Manaus para colaborar com a Pastoral do Migrante local na recepção e assistência a imigrantes haitianos, nasceu o segundo projeto dos jesuítas nessa área, o “Pró Haiti”. Ao mesmo tempo, outra iniciativa se formou em Belo Horizonte, o “Centro Zanmi”. Ambas com atuações similares de assistência jurídica, social, laboral, educativa, de integração e de incidência. Mediante a união desses projetos, surgiu, em 2017, a rede do Serviço Jesuíta a Migrantes e Refugiados (SJMR) que, no ano seguinte, inaugurou escritórios em Boa Vista e Manaus, visando o atendimento das demandas relativas ao fluxo venezuelano. Já em 2019, com o objetivo de atuar diretamente junto aos órgãos do governo e às organizações internacionais ligadas às migrações e ao refúgio, a sede nacional do SJMR foi estabelecida em Brasília. 

Diante da existência dessa rede, formada por cinco escritórios no Brasil (Porto Alegre, Belo Horizonte, Manaus, Boa Vista e Brasília), realizamos atividades sempre guiados por nossa missão: promover e proteger a dignidade e os direitos de migrantes e refugiados vulneráveis no Brasil, acompanhando seu processo de inclusão e autonomia, incidindo na sociedade e no poder público para que reconheçam a riqueza da diversidade humana.

Siga em nossas redes sociais