Criados para garantir acesso à língua portuguesa como ferramenta fundamental de integração, os projetos Ler, da PUC Minas, e Tecer, do Serviço Jesuíta a Migrantes e Refugiados (SJMR) concluíram, no dia 13 de dezembro de 2025, mais um semestre de atividades, em encontro realizado no campus da PUC em Belo Horizonte, com a participação de estudantes migrantes e refugiados.
Os projetos Ler e Tecer integram o Programa de Português como Língua de Acolhimento (PLAC). As iniciativas oferecem aulas gratuitas de língua portuguesa para pessoas migrantes e refugiadas, para promover integração sociocultural e socioeconômica, fortalecer a autonomia e ampliar oportunidades de inclusão por meio do idioma. Os projetos já acolheram mais de 3 mil pessoas e tornaram-se ações educacionais consistentes e significativas para migrantes e refugiados em Minas Gerais. Apenas este ano, foram 800 inscrições no total.
Organizados em níveis, o Tecer é voltado a estudantes em nível inicial, enquanto o Ler atende pessoas com conhecimento intermediário e avançado de português. As turmas são abertas a cada semestre, por meio de inscrição virtual, e contam com a atuação de professoras, professores e pessoas voluntárias de diferentes áreas profissionais. As aulas acontecem de forma presencial e virtual, possibilitando o acesso também de quem não consegue participar dos encontros presenciais.
O encerramento do semestre reuniu estudantes, voluntários e integrantes das equipes do SJMR e da PUC Minas para a avaliação das atividades desenvolvidas ao longo do período. No encontro, os responsáveis pelos projetos foram homenageados pelos estudantes, em reconhecimento ao trabalho realizado.
Responsável pelo Tecer no nível inicial, o analista social da área de meios de vida do SJMR, Darwin Velasco, destacou que os projetos buscam criar uma rede de apoio a partir do ensino da língua portuguesa. “Os projetos são construídos por pessoas voluntárias, com o objetivo de acolher pessoas migrantes e refugiadas e fortalecer a confiança para que possam se comunicar em português. Falar português não é um luxo, é uma necessidade. Para as pessoas migrantes, trata-se de uma questão de sobrevivência”, afirmou.
Com o encerramento do segundo semestre de 2025, o SJMR e a PUC Minas iniciam a preparação para a abertura das turmas do primeiro semestre de 2026.