No dia 10 desse mês, o SJMR em Belo Horizonte se reuniu virtualmente com os coordenadores do Projeto Taller Warao para trocar experiências no trato com essa população, na perspectiva da sensibilização para o convívio em sociedade e a capacitação para o mundo do trabalho e do empreendedorismo. Participaram do encontro os indígenas Warao acolhidos na Vila Alberto Hurtado, os analistas sociais da área de meios de vida do SJMR, Nathalia Oliveira e James Cunha, e Victor Santos e Raíra Pereira, coordenadores do Projeto Taller Warao.

A reunião foi uma importante iniciativa, uma vez que visa preparar os refugiados indígenas acolhidos para o convívio em sociedade, com o objetivo de suavizar o impacto do choque entre culturas, o racismo e a xenofobia. A partir das informações levantadas, o Projeto Taller Warao está sendo produzido uma cartilha para auxiliar durante os processos de integração.

De acordo com Nathalia Oliveira, analista social da área Meios de Vida do SJMR em Belo Horizonte, foi constatado com as comunidades Waraos ainda não conseguiram substituir a coleta pelo artesanato, que funciona atualmente como uma forma alternativa de renda. “Entretanto, percebemos uma diminuição sazonal no advento da coleta em função do trabalho artesanal, e eles estão animados com os resultados, considerando o tempo de atividade do projeto. Também entendemos que a produção ainda é pequena, com dificuldade para atendimento a demandas de maior volume e que há a necessidade de desenvolver melhor a marca antes de vinculá-la a um marketplace”, comenta.


Projeto Taller Warao

O Taller Warao é um projeto do Serviço Pastoral dos Migrantes (SPM NE) em Recife, e existe há seis meses, cujo objetivo é promover a educação e introduzir os Warao ao mundo do trabalho dentro de um contexto de Centro Social, espaço distinto de suas residências que oferece além da convivência, promoção da educação, cultura, saúde e oficinas de artesanato com geração de renda para as famílias participantes.

O Taller orienta os Warao em relação ao preço mínimo dos produtos, levando em conta o peso, quantidade de materiais e tempo necessário para produção, porém a responsabilidade do preço final é de cada artesão.

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