Abordar as novas causas da migração forçada | RJM e aliados se reúnem sobre as intersecções entre migração forçada, justiça socioambiental e cuidado da Casa Comum

De 25 a 27 de novembro, foi realizada uma reunião da Rede Jesuíta com Migrantes das Américas e aliados de outras redes da Sociedade para estabelecer uma agenda conjunta de defesa de direitos que aborde a relação entre migração forçada, justiça socioambiental e cuidado da Casa Comum.


Dialogamos sobre as mudanças climáticas, a justiça socioambiental, o consumo, as políticas do chamado “desenvolvimento” baseadas no extrativismo e sua ligação com a migração forçada. Buscou-se compreender os impactos que essas realidades têm nos direitos das pessoas que são obrigadas a migrar ou que não podem sair de seu território devido a desastres e conflitos socioambientais, bem como os efeitos adversos das mudanças climáticas. Além disso, foi reconhecido que existem comunidades que defendem o seu direito de permanência e a importância de acompanhá-las na sua luta e protecção.


Identificamos semelhanças nas realidades latino-americanas, como o continuum de violência que as pessoas vivenciam ao longo do seu ciclo migratório; as formas de atuação dos Estados e de outros agentes não estatais; os riscos vividos pelas lideranças que defendem o território e a interseccionalidade das vulnerabilidades. Outro elemento comum destacado foi que as comunidades que menos impactam a Casa Comum são as mais afetadas e que não existe uma resposta abrangente que as proteja dentro ou fora das suas fronteiras.


Reconhecemos as ações que são realizadas para responder a estes contextos desde as diferentes obras e redes da Companhia, bem como os compromissos que têm as Conferências dos Provinciais da América Latina e do Caribe e dos Estados Unidos e Canadá.


Isto permitiu-nos pensar sobre como podemos chegar a acordo sobre a criação de redes para tornar visível, promover quadros de proteção abrangentes e dar voz àqueles que se deslocam por estas razões. Um dos resultados desta reunião foi determinar as propostas e ações que serão o eixo do nosso trabalho de advocacy, elementos que estão resumidos na seguinte Declaração:



Este encontro é um dos passos que vem sendo dados há alguns anos pela Rede Jesuíta com Migrantes na busca de enfrentar as novas causas da migração forçada. Hoje, no Dia Internacional dos Direitos Humanos, apelamos a explorar com coragem novas formas de viver a solidariedade ecológica, bem como a defender os direitos a: uma vida digna, migrar, permanecer e um ambiente saudável, entre outros.


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